Na ocasião da posse do novo presidente dos Estados Unidos Barack Obama, o professor de relações internacionais da Universidade San Andrés, de Buenos Aires, Juan Gabriel Tokatlian fez uma interessante análise na BBC Brasil: ele considera que a América Latina é o único lugar do mundo em que continua a haver a Guerra Fria, e que isso seria evidenciado pelo embargo a Cuba, pela persistência da guerrilha na Colômbia, com as Farc, e pelo governo de Hugo Chávez na Venezuela. O argentino considera Obama uma peça fundamental para o desmonte final desse rescaldo de Guerra Fria.
Essa análise é interessante porque retoma justamente uma questão aqui já colocada que é o anacronismo ainda vivido pela região no mundo. A imagem geral que se tem da América Latina, agravada pelo apodo "latina", mudou muito pouco do período da Guerra Fria para cá: miséria e injustiças por um lado, autoritarismo e guerrilhas por outro, mas sem nunca perder uma alegria genuina, fruto do sol, do calor, do carnaval!
Obama falou em seu discurso de posse na necessidade de "reconstruir a América". Pois alargando um pouco as fronteiras, vejo a possibilidade de se poder reinventar a
América-Continente, atribuindo-lhe novos significados, e conquistando assim novos valores, caros à economia e ao desenvolvimento da região.
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